Enquanto Serra, Dilma e Marina passeiam por Minas Gerais e pelo tele-jornal noturno do canal de Sílvio Santos; as sedes de PSDB, PT e PV viram noites e noites acesas, cheias de intelectuais pensantes. Homens e mulheres, colecionadores de diplomas, discutem por horas soluções para vencer as eleições.
Se confrontarmos esses marketeiros, devemos parabenizar os tucanos. A campanha de José Serra é a melhor planejada até agora. Enquanto os assessores de Dilma e Marina erraram no planejamento da agenda, colocando as candidatas em verdadeiras sinucas de bico, os de Serra, inteligentemente aproximaram o paulista de Aécio, acabando de vez com os boatos de divisão no PSDB.
Outro fator que facilita a vida dos pensadores peessedebistas é a visível preferência da imprensa, direitista, pelo ex-governador de São Paulo. A imagem de Dilma, não parece ser muito bem quista nem pelos meios de comunicação que utilizam do visual, por sua aparência exótica, nem pelas rádios e jornais, por seus discursos com aquele tom tecnocrata. Paralelamente, Marina, com o ar honesto, característico dos Pevistas, também não empolga os jornalistas. Seu rosto parece não soar muito bem na TV e sua voz também não agrada na rádio.
Isso tem sido um grande problema pras assessorias das nossas “damas da política” . Os comitês de campanha lutam para desligar os votos da imagem de suas candidatas. Marina confia em seus ideais esquerdistas, bem parecidos com os do antigo Lula. Já Dilma, nem liga em aparecer; quanto mais o eleitor confundi-la com Lula melhor.
A campanha está só começando, todos sabemos, mas o que começa certo tem mais chances de dar certo no fim do que aquilo que começa errado. Um bom marketeiro é imprescindível para uma eleição, porque erros, por menores que sejam, tiram de qualquer “bom candidato” as chances de vitória, e isso vem ficando bem claro nas últimas pesquisas.
Obs.: Gostaria de deixar claro que a minha concepção de candidato não inclui imagem e sim história e propostas, mas em se tratando de marketing político temos que levar em conta que uma boa aparência e dicção atrai votos, prova disso foi a eleição de Fernando Collor em 1990.
Por Raoni Ras
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