Por Marcos Vinicius
domingo, 17 de janeiro de 2010
O MST na Amazônia
Li a Revista VEJA - edição 13 de janeiro - a achei um absurdo as invasões do MST na Amazônia.
A mando de madeireiros poderosos, eles estão invadindo fazendas no coração da Floresta. As terras da região são de difícil manejo para a agricultura, mas isso pouco importa. Nelas pode-se encontrar em abundância algo bem mais valioso: a madeira.
Com poderosas motosserras, eles cortam as árvores, que são derrubadas e cortadas em toras. Caminhões e tratores das madeireiras são enviados para ajudar no transporte.
No estado do Pará, as invasões estão crescendo cada dia mais, e quando acionada, a governadora Ana Júlia Carepa, do PT, não só impede a ação de sua polícia contra o MST como também ajuda os criminosos, distribuindo lonas e cestas básicas nos acampamentos. Através da intervenção de autoridades federais, a polícia cumpriu as reintegrações de posse das fazendas invadidas.
Fazemos várias campanhas para preservarmos nossa maior riqueza natural, mas que pode ajudar ainda mais, está atrapalhando. Infelizmente temos que conviver com esse desrespeito de pessoas que vivem por causa do dinheiro e não pensam no futuro.
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Como VEJA está depredando o jornalismo e a verdade !
ResponderExcluir12 de janeiro de 2010
NOTA DO MST-PA SOBRE REPORTAGEM DA REVISTA VEJA
1-O MST do Pará esclarece que não tem nenhuma fazenda ocupada no município de Tailândia, como afirma a reportagem da Revista Veja “Predadores da floresta” nesta semana. Não temos nenhuma relação com as atividades nessa área. A Veja continua usando seus tradicionais métodos de mentir e repetir mentiras contra os movimentos sociais para desmoralizá-los, como lhes ensinou seu mestre Joseph Goebbels. A reportagem optou por atacar mais uma vez o MST e abriu mão de informar que o nosso movimento não tem base social nesse município, dando mais um exemplo de falta de respeito aos seus leitores.
2-A área mencionada pela reportagem está em uma das regiões onde mais se desmata no Pará, com um índice elevado de destruição de floresta por causa da expansão do latifúndio e de madeireiras. Em 2007, a região de Tailândia sofreu uma intervenção da Operação Arco de Fogo, da Polícia Federal, e latifundiários e donos de serrarias foram multados pelo desmatamento. Os madeireiros e as empresas guseiras estimulam o desmatamento para produzir o carvão vegetal para as siderúrgicas, que exportam a sua produção. Por que a Veja não denuncia essas empresas?
3-Na nossa proposta e prática de Reforma Agrária e de organização das famílias assentadas, defendemos a recuperação das áreas degradas e a suspensão dos projetos de colonização na Amazônia. Defendemos o “Desmatamento Zero” e a desapropriação de latifúndios desmatados para transformá-los em áreas de produção de alimentos para as populações das cidades próximas. Também defendemos a proibição da venda de áreas na Amazônia para bancos e empresas transnacionais, que ameaçam a floresta com a sua expansão predatória (como fazem o Banco Opportunity, a Cargill e a Alcoa, entre outras empresas).
4-A Veja tem a única missão de atacar sistematicamente o MST e a organização dos camponeses da Amazônia, para esconder e defender os privilégios dos verdadeiros saqueadores das riquezas naturais. Os que desmatam as florestas para o plantio de soja, eucalipto e para a pecuária extensiva no Pará não são os sem-terra. Esse tipo de exploração é uma necessidade do modelo econômico agroexportador implementado no Estado, a partir da espoliação e apropriação dos recursos naturais, baseado no latifúndio, nas madeireiras, no projeto de exportação mineral e no agronegócio.
5-Por último, gostaríamos de comunicar à sociedade brasileira que estamos construindo o primeiro assentamento Agroflorestal, com 120 famílias nos municípios de Pacajá, Breu Branco e Tucuruí, no sudeste do Estado, em uma área de 5200 hectares de floresta. Nessa área, extraímos de forma auto-sustentável e garantimos renda da floresta para os trabalhadores rurais, que estão organizados de maneira a conservar a floresta e o desenvolvimento do assentamento.
DIREÇÃO ESTADUAL DO MST DO PARÁ
Marabá, 12 de janeiro de 2010
Comcordo plenamente com o Ronaldo de que a VEJA depreda o jornalismo e a verdade, futuramente postarei aqui no blog algo sobre o assunto!
ResponderExcluirpesquisando na internet, descobri que a foto com vários homens armados usada na reportagem citada neste post, é uma imagem de arquivo e a revista induz o leitor a imaginar ser uma imagem recente, como explícita o texto na foto:
ResponderExcluir"CUPINS HUMANOS"
"Os sem-terra encontraram na selva uma milionária fonte de renda com a extração ilegal de madeira"
na matéria o reporter diz:
"...foi-se o tempo em que seus militantes tentavam dissimular as ações criminosas do grupo invocando a causa da reforma agrária.Há muito isso não acontece mais. Como uma praga o MST ataca, destrói, saqueia..."
uma vergonha está reporcagem, digo, reportagem!
segue link da imagem de arquivo de 1996:
http://veja.abril.com.br/180603/p_072.html
A REAÇÃO AO MASSACRE
Militantes com espingardas em Eldorado dos Carajás, onde os sem-terra foram massacrados em 1996
voce ainda vai continuar a assinar veja?
Ronaldo, so por curiosidade, onde saiu essa nota?
ResponderExcluirE como ela foi divulgada, antes mesmo da revista ir pras bancas?
A revista saiu dia 13 e a nota divulgada dia 12...
Marcos Vinicius
Bom dia, senhores.
ResponderExcluirA Revista Veja é distribuída aos assinantes a partir de domingo. Marcos. mesmo com data de capa do dia 13, milhões de pessoas tiveram acesso à revista já no dia 11. Por isso é possível a data anterior da nota do MST.
E quanto à discussão dos métodos, é muito importante. Defendo o ceticismo. Sem duvidar das reais intenções, engolimos qualquer coisa vinda de qualquer pessoa, natural ou juridica.
Veja ou Correio da Verdade do Jorge, todo mecanismo de imprensa adota práticas pouco éticas. Porque nós, brasileiros, somos pouco éticos e muito dissimulados.
Ainda personalizamos tudo, sendo meio incapazes de aceitar a crítica racional. Tudo nosso é na base do "este cara não gosta de mim, então não gosto dele".
O MST, como o PT, como O DEM, como o PSDB, como a CNBB, tem erros e acertos. A Veja, O Estadão, a Folha, o Super, A Notícia, O Bom Dia, também vivem de erros e acertos.
A responsabilidade do filtro é nossa.
Nós somos a Democracia. Qualquer um que queira assumir sua paternidade individualmente, estará cometendo um crime de lesa-humanidade contra o Brasil e contra os brasileiros.
Um abraço a todos!
Concordo com voce neste quesito !
ResponderExcluirAbraco