O atual governo federal adotou um método de nomeação de cargos que, se não for ridículo, é no mínimo curioso. Lotes são trocados por apoio parlamentar, como uma forma de Mensalão maquiado, no qual os pagamentos são feitos com fatias do bolo chamado Esplanada dos Ministérios, para os partidos da base aliada.
Assim que o PT assumiu começou a partilha. Já imagino uma reunião secreta, assim como os atos do Senado, onde Dirceu; em 2003 o nome mais influente do governo, mais até que o próprio Lula; dividia tantos ministérios para o PMDB, alguns para o PDT, outros para o PR e assim sucessivamente. Mas fica a pergunta: Será mesmo que o presidente Lula vê tanta competência nestes José’s, Maria’s, Palocci’s e Dilma’s? Ou será que essas nomeações apenas fizeram parte do jogo político onde se aposta a ética, moral e honestidade?
Por trás desse método de simbiose entre o Executivo e o Legislativo, ressurge no Brasil o quarto poder público: O Autoritarismo, que foi símbolo do primeiro império, no qual Dom Pedro I mantinha só por marketing o senado e os fóruns de justiça, visto que tinha o poder de anula-los assim que bem entendesse. E isso retorna agora ao Brasil. Legalmente Lula não pode anular o legislativo, mas o fruto do mensalão de cargos públicos pode. O PMDB grato a seus ministros no governo do PT, assim como outros partidos, se une ao governo em qualquer votação, indo esta a favor ou contra seus princípios e assim as medidas provisórias se acumulam nas páginas até antes em branco da constituição, fazendo com que o Lulismo consiga seus “honrosos” 84% de aprovação.
Retornando ao fato de nomeação de cargos públicos, me indago sobre outra mania de nossos governantes, dessa vez o que abrange os governos passados. Alguns poderosos sejam eles Maranhenses, Alagoanos, Pernambucanos ou Gaúchos, indicam seus sobrinhos, irmãos, primos e filhos para os segundo e terceiro escalão de grandes estatais. Senadores põem donos de sua confiança como secretários e assessores na Petrobrás, líderes partidários indicam filhos para a ANAC e com isso as nossas empresas ficam inchadas de representantes dos grandes líderes tomando conta de nosso dinheiro. Só não questionarei os motivos por acha-los óbvios.
A nossa Democracia virou anarquia, nossa ordem não existe mais e ainda assim os marketeiros que tentam nos empurrar “Dilma 2010” teimam em dizer que o progresso estampado em nossa bandeira é real nos dias de hoje. As esperanças estão se acabando, assim como os Simon’s e Suplicy’s e só nos restarão os Arruda’s e os Sarney’s.
Por Raoni Ras
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