O candidato a presidência José Serra e o governador Aecio Neves
Nesta quinta-feira, 17, o governador
Aécio Neves (
PSDB), retirou a sua pré-candidatura à Presidência sem antecipar o seu próximo passo político: em uma carta, lida por
Aécio o destino do governador em 2010 é mencionado em uma única frase. " Ao deixar a condição de pré-candidato à Presidência, permito-me novas reflexões, ao lado dos mineiros, sobre o futuro " .
Aécio não mencionou na carta, ao contrário do que fez publicamente em três ocasiões, a candidatura ao Senado.
" Sem mandato ele não deve ficar. Acho que ele encontrou uma saída para retirar a candidatura e ao mesmo tempo adiar a própria decisão, de maneira a testar cenários, examinar pesquisas e optar apenas em
março. Penso que ele disputará o Senado " , opinou o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel.
Aécio disse também " Ao apresentar o meu nome, o fiz com a convicção, partilhada por vários companheiros, de que poderia contribuir para uma construção política diferente, com um perfil de alianças mais amplo do que aquele que se insinua no horizonte de 2010. E as declarações de líderes de diversos partidos nacionais demonstraram que esse era um caminho possível, inclusive para algumas importantes legendas fora do nosso campo " , leu o governador. A eleição de 2010 tende a contrapor, de um lado, Serra, o
DEM e o
PPS e do outro,
Dilma e a aliança governista. A senadora Marina Silva (
PV) tenderá à terceira via com apoio do P-SOL e a candidatura
presidencial de
Ciro Gomes (
PSB-CE) permanece como dúvida. Já em sua carta de retirada,
Aécio advertiu que este será um cenário adverso para a oposição. " Devemos estar preparados para responder à autoritária armadilha do confronto
plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir o país ao meio, entre bons e maus, entre ricos e pobres " , afirmou.
Por Marcos Vinicius
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