quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Arruda: nem atraz da orelha!

O discurso da ética na política deve passar longe das campanhas eleitorais para presidente da República no ano que vem. Três dos partidos mais tradicionais do país, PT, PSDB e DEM, já exibem em seu DNA escândalos de compra de consciência, no jargão popularizado Mensalão.

O termo foi inventado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) no maior escândalo de corrupção do governo Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005. Jefferson acabou tendo o mandato cassado, mas dilacerou a bandeira ética do PT.

A gênese do Mensalão passou pelo PSDB de Minas Gerais e Agora chega à capital do país atingindo em cheio o oposicionista Democratas, um dos maiores críticos da moral governista, num flagrante arrebatador. Mais de 30 vídeos mostram políticos e o próprio governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), recebendo dinheiro supostamente irregular. Sua explicação oficial: “comprar panetone para os pobres”.

Isso tem uma consequência muito negativa para o DEM, pois ele, o único governador do partido, foi apanhado de maneira espetacular. Nem no Mensalão do PT nem no do PSDB houve um flagrante tão feio.

Às vésperas das eleições nacionais, em que o DEM pode levar a vaga de vice na chapa tucana, o discurso oposicionista ganha uma restrição a mais.

Por Raoni Ras

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