sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Protocolo de Copenhague

O grupo de trabalho da ONU vai propor a criação do "protocolo de Copenhague". Se for aprovado pelos 192 países ao término das negociações, o documento - que não tem nome oficial - complementará o Protocolo de Kyoto, sem extingui-lo. O novo tratado deve reunir os países em desenvolvimento, como Brasil e China, além dos Estados Unidos (que não entraram no Protocolo de Kyoto).

A proposição busca incluir os americanos em um acordo para que passem a adotar metas de redução das emissões de CO2, assim como os demais países industrializados. "Queremos um texto robusto, com metas e clareza no financiamento. Se tivermos isso, teremos um protocolo", disse o diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, Luiz Alberto Figueiredo, vice-presidente do grupo de trabalho do LCA (países em desenvolvimento e EUA) e redator do texto.

A proposta não pretende substituir Kyoto, mas criar um quadro semelhante, com metas obrigatórias e mecanismos de financiamento. O objetivo é atrair os EUA, tornando seu esforço para combater o aquecimento global equivalente ao já feito por outras nações industrializadas, como as da UE. O documento terá uma divisão das nações similar à existente em Kyoto: "anexo I", com países desenvolvidos, e "não anexo I", com nações em desenvolvimento. Não haverá distinção entre grandes emergentes - China, Brasil, Índia e África do Sul - e os "mais vulneráveis", como os africanos.

Por Marcos Vinicius

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